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A China cresce primeiro crianças geneticamente alteradas

por Pedro Henrique Lameira

Em 2018, um relatório do biofísico chinês He Jiankui causou um alvoroço no mundo científico. O biofísico conduziu uma experiência secreta e removeu o gene CCR5 de três embriões.
Os embriões sobreviveram e cresceram em três raparigas saudáveis. Só que esta experiência terminou tristemente para o cientista: foi banido da investigação genética, multado numa multa enorme e colocado atrás das grades.
Mas porque é que as pessoas não ficaram contentes com um avanço tão colossal? Jiankui trabalhou na Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul. Em 2017, liderou um grupo de investigação sobre a introdução da tecnologia genética na medicina reprodutiva assistida.
A China, em particular, proíbe os casais de terem filhos se um dos parceiros tiver VIH. A proibição é geralmente lógica em termos de desvantagem hereditária.

O cientista sugeriu a fertilização in vitro combinada com a edição genética dos seus embriões.
Uma mutação no gene CCR5 é responsável pela susceptibilidade do organismo ao vírus da imunodeficiência. Há especulações de que esta mutação teve origem há 2.500 anos atrás. É também responsável pela vulnerabilidade à febre do Nilo Ocidental, esclerose múltipla e várias outras doenças raras. A mutação espalhou-se amplamente pelo mundo e pode ser encontrada em 15% da população humana.
He Jiankui removeu o gene dos embriões, tornando as crianças invulneráveis não só ao VIH mas também a muitas outras doenças.

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