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5 mistérios do sistema solar com os quais os astrónomos estão a lutar

por Pedro Henrique Lameira

Um longo cume corta o satélite em dois, tornando-o parecido com uma nogueira.
Ainda não é claro porque é que parece ser assim. Foram feitas sugestões de que o Yapet uma vez teve uma lua (um satélite tem um satélite – óptimo!) que caiu sobre ela e formou um cume.

Outra teoria é que Japet uma vez teve anéis (os anéis de um planeta satélite com anéis são ainda mais frios!) e depois desabaram e criaram estas montanhas. Ou será que a crista veio naturalmente do gelo e se assemelhava à parede do Jogo dos Tronos em vez das montanhas habituais? Por agora, tudo o que podemos fazer é especular.
4. Porque é que Neptuno emite mais calor do que aquele que recebe do Sol

Neptuno é o planeta mais distante do Sol no nosso sistema. Dizer que está frio não é dizer nada. A temperatura na sua atmosfera superior é de -221,3 °C.
Apesar disso, Neptuno tem ventos e furacões que só podem ser explicados pela presença de uma fonte interna de energia térmica. De facto, o gigante do gelo, apesar do seu nome, consegue emitir calor – 2,6 vezes mais do que recebe dos raios solares.

Os cientistas não sabem exactamente de onde vem a energia interna de Neptuno.
Talvez existam algumas substâncias radioactivas no interior do planeta que o aquecem. Ou talvez Neptuno seja afectado por alguma interacção inexplicável de ondas gravitacionais e pela atmosfera acima da tropopausa.

Mas a teoria mais fria é que os hidrocarbonetos são produzidos a partir do metano na atmosfera superior, que depois são transformados em diamantes sob pressão. A chuva cai constantemente nas camadas mais baixas e espessas da atmosfera do planeta, e a fricção da precipitação cria calor.
Mas até agora, não conseguimos ver as entranhas de Neptuno.
5. Alguma vez o Sol teve uma estrela gémea

Existem teorias na Internet de que há um evento de extinção em massa no nosso planeta a cada 26 milhões de anos.
Isto é alegadamente porque existe uma segunda estrela, Nemesis, pendurada na periferia do sistema solar. Uma anã castanha ténue que envia raios radioactivos, asteróides e outros males para a Terra. Já mencionámos este mito antes e dissemos-vos que não há nada parecido no nosso sistema.

Mas isso não significa que a nossa luminária não possa ter tido antes uma estrela companheira.
Uma equipa de astrofísicos em Harvard investigou a estrutura do Oort Cloud, uma colecção de pequenos corpos espaciais que voam nas extremidades distantes do nosso sistema solar. E achou que a sua população era muito mais numerosa do que se esperava.
Os cientistas têm sugerido que o Sol dificilmente poderia ter atraído tantos detritos rochosos e gelados por si só. O que significa que há milhares de milhões de anos, no alvorecer da formação do sistema, a nossa estrela pode ter tido uma luminária companheira.
Par e mesmo triplas estrelas não são invulgares no cosmos. Na realidade, são extremamente comuns. É provável que o Sol também tenha nascido como uma estrela dupla de uma nuvem molecular densa e que a atracção gravitacional de luminosidades passageiras tenha então atirado o gémeo não nomeado para as profundezas do espaço. Isto explicaria bem algumas das peculiaridades da estrutura do nosso sistema.

Os astrofísicos calcularam que a estrela gémea tinha quase a mesma massa que o Sol e orbitava a uma distância de 1 000 unidades astronómicas do mesmo. Mas já passaram 4,5 mil milhões de anos desde que nos separámos dele. O Sol conseguiu completar pelo menos uma dúzia de rotações em torno do centro da galáxia da Via Láctea e todas as órbitas se misturaram para que o antigo vizinho já não pudesse ser encontrado.
A propósito, se olhasse da superfície da Terra para aquela estrela quando ela ainda estava connosco, não lhe pareceria como um segundo Sol, mas sim como um ponto brilhante. Trata-se de como se pode ver Júpiter à noite agora.

 

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